Crítica de A Substância: Vale o Hype?
Confira nossa crítica de A Substância, o novo filme provocador de Coralie Fargeat. Em uma trama recheada de horror e surrealismo, o filme explora os limites da obsessão pela beleza, com uma performance marcante de Demi Moore. Será que vale o hype? Descubra nossa análise sobre esse thriller visualmente impactante e cheio de reviravoltas bizarras.
ANÁLISES E CRÍTICAS


O novo filme de Coralie Fargeat, A Substância, vem gerando muitos comentários, e não é à toa. Essa obra ousada mistura horror corporal com uma crítica profunda (e um tanto bizarra) aos padrões de beleza e à obsessão por aparências. Com Demi Moore no papel principal, o filme traz uma narrativa intensa que divide o público entre "gênio" e "estranho demais". Então, a pergunta é: vale o hype?
A trama gira em torno de um "produto milagroso" que promete transformar completamente a aparência, mas é claro que há consequências — e não são bonitas de se ver. Fargeat não economiza no surrealismo: A Substância é como entrar em um episódio de The Twilight Zone, só que mais sinistro. A atmosfera é carregada, e a estética do filme é superexagerada, deixando claro que aqui o objetivo é tirar a gente da zona de conforto. Desde o início, somos lançados em uma experiência visual intensa, com maquiagens e efeitos especiais que beiram o grotesco.
Visualmente Impactante, Mas Nem Sempre Fácil de Entender
Se tem algo que A Substância faz bem é causar impacto. Visualmente, o filme é um show à parte. A paleta de cores, os ângulos de câmera quase distorcidos, e o trabalho brilhante da equipe de maquiagem criam uma experiência que fica na cabeça. Os personagens parecem sair de um pesadelo — o que combina bem com o clima de "vale tudo pela beleza". Fargeat leva a crítica ao extremo, exagerando nas transformações e distorcendo os personagens para nos fazer pensar sobre o custo real de uma obsessão tão vazia.
Mas não espere uma história tradicional. O roteiro é intencionalmente estranho e enigmático. Ele vai construindo tensão, dando aquela sensação de que algo horrível está prestes a acontecer o tempo todo. A última cena, por exemplo, é uma dessas que provoca reações mistas. Alguns acham hilária a forma como Fargeat usa um famoso símbolo de Hollywood; outros, porém, ficaram confusos e acharam o final sem sentido. É uma jogada arriscada que pode ser interpretada como uma crítica mordaz ou apenas um toque bizarro.
A Performance de Demi Moore é um Show à Parte
Demi Moore realmente se entrega ao papel e rouba a cena. Sua personagem passa por uma transformação intensa, não só fisicamente (graças à maquiagem incrível), mas também emocionalmente, e Moore entrega tudo com uma presença marcante. Sua atuação é um dos elementos que prendem a gente ao filme, mesmo quando o roteiro dá umas voltas que talvez não façam sentido para todos. Se tem alguém que sai desse filme ganhando aplausos, é ela.
Então, Vale Assistir?
Bom, A Substância não é um filme para todo mundo. Ele é construído para ser uma experiência visual e emocional que desafia, incomoda e até provoca risadas. Se você curte terror psicológico com uma pegada de crítica social, vai ser uma viagem interessante. Mas para quem prefere narrativas mais lineares e finais claros, ele pode frustrar. Dá para dizer que é o tipo de filme que você assiste uma vez e depois parte para outra — mas com várias imagens e questões rondando sua mente.
Vale o hype? Para os que curtem filmes ousados e viscerais, sim. Já para os que preferem uma história mais redondinha, talvez nem tanto. Fargeat oferece uma experiência diferente, e mesmo que A Substância não seja um "filme de todos os tempos", ele merece ao menos uma chance por sua originalidade e pela coragem de explorar os limites do absurdo.